3º Dia - 1º Festival de Bandas de Garagem

O Festival de Bandas de Garagem está surpreendendo a cada dia. A noite de ontem foi boa também, com destaques para a banda Skein e Road Ever. Como de praxe, nunca consigo chegar para a primeira banda. Ontem assisti a apenas 3 bandas: Pressure, Skein e Road Ever.

 Banda Pressure

A banda Pressure apresentou seu repertório New Metal, que agradou boa parte da galera que curte o estilo. Tiveram alguns contratempos no palco, como questões técnicas de som e, de quebra, segundo o vocalista, o guitarrista da banda não pode ir, sendo substituído de última hora por um amigo da banda, para que a banda se apresentasse. O destaque da banda, sem dúvida, foi o baterista, que esbanja talento - que também toca na banda Evolução da Espécie. De longe, o melhor baterista do festival, até o momento!

 O baterista da banda Pressure ao fundo

A banda seguinte foi a Skein, que eu diria, sem sombra de dúvidas, a banda revelação do festival - até então (pois o festival vai até sábado). É bom pontuar também, que não assisti a todos os shows, mas dos que vi, as críticas encontram-se em postagens anteriores. A galera do Skein chutou o balde. Talvez seja o pessoal mais novo se apresentando no Festival com outras bandas e músicos com bem mais tempo de experiência. A banda mostrou energia e empolgação para tocar, sem se preocupar com firulas musicais e vaidades, mandando ver no Hard Core. Também não é o estilo de Hard Core que eu curto, mas mandaram super bem.

 Banda Skein

Falar de cena musical no meio Rock é complicado, todos sabem, pela grande diversidade de estilos presentes e gostos pessoais. Sou da geração em que Campos tinha apenas bandas de Metal ou Punk (Punk de verdade, não Pop Punk) e depois acompanhei - de longe, o aparecimento de bandas de Hard Core (muitas, infelizmente, de HC Melódico) - talvez, década de 2000 e seus estilos. A Skein, ontem, me lembrou do jeito simples e direto de se fazer som como as bandas do início e meados da década 90.

Banda Skein

A banda Road Ever foi a que se apresentou em seguida, deixando o palco pequeno para eles. 2 teclados, bateria, 2 guitarristas, 1 baixo e mais 1 vocalista tiveram que se ajeitar para tocar. Com o repertório de baladas (Skid Row, Whitesnake, Bon Jovi, etc) a banda também surpreendeu com um som muito bem tocado, com um tecladista que também tocava flauta e gaita. A banda só ficou um pouco atrapalhada pela falta de espaço no palco, mas o som estava claro e bem tocado. Algumas bandas não tiveram a mesma sorte de reunir todos estes elementos numa mesma apresentação. Foi a primeira vez que vi a banda se apresentar e o vocalista esbanjou técnica, sendo fiel a todos os agudos dos covers apresentados e cantando em inglês! Por mais óbvio que pareça, muitos vocalistas em Campos insistem no modo "embromation", achando que ninguém vai perceber a falcatrua. Gravei um bom trecho de "18 and Life" do Skid Row, mas infelizmente, a gravação do áudio ficou muito ruim. Acredito que assim como eu, outras pessoas ficaram curiosas em ver algum cover do Iron Maiden ou Ozzy Osbourne, pelo estilo de cantar do vocalista. Também não sei se a proposta da banda também é se direcionar para uma vertente mais Heavy Metal.

Banda Road Ever

Não sei se a organização do festival terá, além de premiar a/as melhor/es banda(s), algum prêmio para os músicos que se destacaram. Acho que seria super válido. Caso tenha, meu palpite seria o baterista da Pressure/Evolução da Espécie e o vocalista da Road Ever. Assim como tenho comentando em postagens anteriores, a maioria das bandas é nova para mim, mas seria muito bom ver estas bandas se apresentando novamente e que os bares de Campos (Lord, Bavieira), abram espaço para estas novas bandas e não fiquem só naquela panela (Cântarus, Bicho Urbano, Vibratto e Betinho Assad, sendo que estas duas útlimas não tocam há algum tempo, pelo que sei).

Viabilizar festivais e espaço/oportunidades nos bares da cidade seria uma grande virada cultural no município. Campos hoje tem um público muito grande para este estilo, mas que fica intocado em casa, pela falta de opções. Mesmo no Festival, com muita gente saindo da toca, ainda tem gente que não deu as caras por lá. Este festival tem sido algo único e histórico na cidade e mostra, que o segmento musical chamado Rock, continua mais que vivo, mesmo não tendo todo o marketing dos shows da Pecuária. Imagine se tivesse.