sexta-feira, 27 de março de 2009

Heaven and Hell


Divulgando a excursão que vai sair de Campos pro show do Heaven and Hell, leia-se Black Sabbath com Dio, no Rio de Janeiro:

terça-feira, 24 de março de 2009

Atendendo ao Fanatismo Indeciso

O lance é postar a partir da 5º linha de qualquer página do livro que estiver lendo:

Esse largar de mão é correlato essencial da passagem ao ato. Resta ainda precisar de que lado ele é visto. Ele é visto justamente do lado do sujeito. Se vocês quiserem referir-se à fórmula da fantasia, a passagem ao ato está do lado do sujeito na medida em que este aparece apagado ao máximo pela barra. O momento da passagem ao ato é o do embaraço maior do sujeito, com o acréscimo comportamental da emoção como distúrbio do movimento. É então que, do lugar em que se encontra - ou seja, do lugar da cena em que, como sujeito fundamantalmente historizado, só ele pode manter-se em seu status de sujeito -, ele se precipita e despenca fora de cena.

Este trecho do Seminário 10 de Lacan está no capítulo sobre a Passagem ao Ato e o Acting Out. Lacan aponta a fórmula da fantasia ($ <> a), leia-se "S barrado, punção de a", como forma de visualizar a queda do Sujeito. O $ (S barrado), significa a estrutura do Sujeito -, que é barrado, dividido, castrado - e sua relação com o objeto a - objeto causa de desejo e objeto da falta, resto. Lacan anteriormente desnvolve alguns esquemas, como o quadro da Angústia, para demonstrar esse percurso da Passagem ao Ato, seguido de Inibição, Impedimento (sintoma) e Embaraço (Angústia), estágio máximo para a Passagem ao Ato. É importante lembrar que a Passagem ao Ato não se situa apenas no nível negativo, como no suicídio, mas algumas vezes como forma do Sujeito romper alguma barreira que precisa ser rompida. Fazer significar.

Aos interessados: LACAN, J. O Seminário, livro 10: a angústia. Jorge Zahar.

Passo a bola agora para Márcio de Aquino e Pablo Saraiva.

Catalogando umas coisas...

De vez em quando dou uma parada para catalogar meus filmes, revistas, músicas, livros, etc. Tenho um programa aqui que me permite catalogar tudo que tenho e depois serve como um banco de dados para eu pesquisar por assunto e saber onde está cada coisa. Como um biblioteca mesmo. Não sei se já falei sobre esse programa aqui. Mas achei essa pérola aqui na Caros Amigos nº 45, de dezembro de 2000:

"A UNIVERSIDADE QUE NÃO ESTIVER FINCADA SOBRE O TRIPÉ QUALIDADE, PREÇO E LOCALIZAÇÃO TEM DIFICULDADES PARA SE MANTER" (Sandoval Nassa, diretor de marketing e comunicação do Centro Universitário Nove de Julho - UNINOVE).

(...)

sábado, 21 de março de 2009

"Liceísta, com muito orgulho!"

Lendo agora de manhã uma matéria sobre o protesto que foi realizado ontem em frente ao Liceu de Humanidades de Campos, pelos estudantes do Liceu, contra os novos uniformes que a Secretaria de Educação entregou aos alunos, me fez relembrar quanto era lamentável estudar no Liceu. Tudo bem que ninguém deveria nunca aceitar usar um uniforme, mas protestar dizendo que o aluno do Liceu não pode se igualar às outras escolas com o mesmo uniforme? Hilário. Tudo bem que o novo uniforme deve ser de péssimo gosto, com design pior ainda (ainda não vi qual é o uniforme), mas... Aonde eles pensam que estudam? Harvard??
O Liceu sempre teve um autoritarismo ridículo quanto aos uniformes, sempre desrespeitou os alunos, é uma escola fraca assim como todas as públicas... orgulho de quê??

quinta-feira, 5 de março de 2009

E o Carnaval?


Há três anos, Carnaval, pra mim, era sinônimo de alienação. Passava o Carnaval inteiro, onde estivesse, vendo filmes, jogando baralho, bebendo cerveja. Ía a praia durante o dia, claro. Mas nada de música, agitação na rua, trios elétricos, etc. Quando ouvia falar em Carnaval a primeira associação que vinha a minha cabeça eram os trios elétricos no Farol ou Grussaí, ou em praias do Espírito Santo, samba reggae tocando no último volime sem parar, multidão, confusão, etc. Sempre tentava como podia me refugiar em algum lugar pra ouvir uma boa música ou o bom e velho rock'n'roll.

Até que exatamente três anos atrás tive a experiência de passar o Carnaval no Rio de Janeiro. Uns amigos convidaram para desfilar na Sapucaí. No início recusei de cara, mas fui vencido pela curiosidade, de tanto as pessoas que já tinham ido comentarem a experiência. Mas isso foi depois.

O primeiro dia desse Carnaval, sábado, não esqueço até hoje. Saímos da Tijuca 7:30 da manhã, "numa alegria infernal" em direção ao metrô pra chegarmos na Cinelândia para vermos o Bloco Cordão do Bola Preta. O Bloco mais antigo do Rio (90 anos). As ruas e o metrô já estavam cheios de gente. A ficha pra mim ainda não tinha caído. Como que pode, as pessoas no Rio, podendo ir para uma praia beber cerveja o dia todo, preferissem baixar na Cinelândia pra verem um Bloco de Carnaval antes das 8 da manhã?

Quando chegamos na praça, e a galera veio cantando vários sambas enredos no caminho à plenos pulmões, já tinha uma multidão lá. Muita gente. Nos embrenhamos no meio do povo e paramos ao lado da Biblioteca Nacional. Além de não ouvir hora nenhuma (e isso foi durante todo o Carnaval) samba reggae, só se ouvia Marchinhas de Carnaval e Sambas Enredos. Não tinha garotada. Não tinha clima de pegação. Tinham crianças, velhos e adultos, todos juntos curtindo o Carnaval numa boa. Isso foi algo impressionante. Todo o meu preconceito do Carnaval caía por água abaixo. Desmoronava.

Fomos a praia um dia ou outro. O resto, só atrás dos Blocos: Cordão do Bola Preta, Suvaco de Cristo, Simpatia é Quase Amor, Concentra Mas Não Sai, Bangalafumenga, Empolga às 9, etc... O Desfile na Sapucaí eu conto outra hora, mas desde então Carnaval é no Rio e ponto final.



Segue a letra da Marcha do Bola Preta:

Quem não chora não mama
Segura meu bem a chupeta
Lugar quente é na cama
Ou então no Bola Preta

Vem pro Bola meu bem
Com alegria infernal
Nessa alegria infernal
Todos são de coração
Todos são de coração
Foliões do carnaval
(Sensacional!)