Estava ouvindo o rádio hoje de manhã e uma profissional da área de Recursos Humanos estava dando uma entrevista sobre seleção, mercado de trabalho, oportunidades, etc. Ouvi atentamente. Algumas dessas pessoas passam ou tentam passar uma imagem de estarem sempre muito antenadas na área empresarial ou no mercado de trabalho. Gostam de fazer uma análise de conjuntura, falar do mercado mundial, das oportunidades que os patrões muito bonzinhos gostam de dar e muitas vezes falam sem um pingo de criticidade.
Foi então que ela começou a fazer uma comparação com as universidades americanas e as brasileiras quanto ao investimento de capital privado dentro das instituições de ensino superior. Citando então quantos porcentos que as empresas americanas investiam dentro das universidade e incentivando que o mesmo deveria ser feito aqui, pois poucas empresas brasileiras faziam isto.
Enquanto ela falava disso e os locutores da rádio apoiavam a idéia dela, me lembrei dos encontros que participei na UFF em Niterói com os Sindicatos de Professores Federais e do Estado junto com Movimentos Sociais e Estudantis sobre a privatização do Ensino Público. De como cursos que eram feitos fora da grade das universidades eram pagos. E isso já vem acontecendo há um bom tempo e cada vez mais, deixando que cada vez mais o ensino deixe de ser público. Lembro dos debates sobre essas iniciativas das empresas privadas junto às pesquisas dentro dos campus, o quanto isso poderia ser bom e quanto poderia ser ruim. Enfim, discutíamos de forma crítica todos esses aspectos, que em momento algum foi levantado pela entrevistada e pelos locutores.
São coisas que são passadas "goela abaixo" mesmo. E, às vezes, imperceptíveis até daqueles que tem um nível básico de informação. Lembro de um texto que trabalhei numa especialização que falava da diferença entre informação e formação. As pessoas que lêem jornal, revistas semanais, assistem telejornais não tem um nível de criticidade que uma pessoa que estuda determinados teóricos. Se debruçar em teoria, filosofia é algo que exige muito mais tempo e determinação do que ler um jornal. Entretanto, isso não quer dizer que os jornais não servem pra nada. E também não estou dizendo que todo mundo que fez uma faculdade é crítico. Vide este exemplo do rádio de hoje de manhã. Dois jornalistas (ou não) e uma Psicóloga ou Administradora falando.
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Sinta-se intimidado!
Essa é pra vocês que eu enviei o endereço do blog. Seria legal ler algo de vocês também, saber o que andam pensando, etc. Conto nos dedos da mão as pessoas para quem enviei o blog e são pessoas que considero que tenham algo a dizer. Por isso vai aí essa provocação para fazerem o blog de vocês! Deixem de preguiça e produzam algo interessante aí!
Super Interessante Especial
Comprei hoje na banca uma Super Interessante especial: Guia das Novas Tecnologias. Tentei achar uma foto da capa da revista no site, mas não consegui. Mas recomendo pra quem se interessa nas novidades tecnológicas: TVs, celulares, gps, iphone, câmeras digitais, filmadoras, etc, etc.
Tem uma previsão, tipo linha do tempo, até 2030 assustadora.
domingo, 26 de outubro de 2008
Rosinha vence as eleições no 2º turno
Rosinha venceu com diferença de pouco mais de 20 mil votos o candidato Arnaldo Viana, nas eleições do 2º turno, em Campos. O resultado não é dos melhores, mas ver Arnaldo Viana e sua corja fora da prefeitura também é gratificante. Queria saber o que se passa na cabeça do então derrotado candidato Arnaldo Viana neste momento. Provavelmente este é o fim de sua carreira política. Um candidato que se queimou durante todo seu tempo de governo, envolvido em inúmeros casos de corrupção, e que não tinha nenhuma condição de disputar as eleições com a candidata Rosinha, que estava super bem acessorada e preparada para disputar a prefeitura da cidade.
E ainda me pergunto como Arnaldo teve tantos votos. Quem são essas pessoas que votam em Arnaldo? Votar em Rosinha, sem considerar muito quem ela é, que tipo de política faz, assim como o Garotinho, apenas visualizando suas propostas e propaganda de governo é até aceitável. Mas, Arnaldo? Que vergonha!
Haja cara de pau para querer ver a roubalheira começar tudo de novo. Resta agora aguardar o início do mandato da Rosinha, para ver se vai fazer pelo menos metade do que cumpriu. Se não fizer também, não será novidade para mim. É de se esperar que as coisas piorem.
E ainda me pergunto como Arnaldo teve tantos votos. Quem são essas pessoas que votam em Arnaldo? Votar em Rosinha, sem considerar muito quem ela é, que tipo de política faz, assim como o Garotinho, apenas visualizando suas propostas e propaganda de governo é até aceitável. Mas, Arnaldo? Que vergonha!
Haja cara de pau para querer ver a roubalheira começar tudo de novo. Resta agora aguardar o início do mandato da Rosinha, para ver se vai fazer pelo menos metade do que cumpriu. Se não fizer também, não será novidade para mim. É de se esperar que as coisas piorem.
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Atualizações diárias pt2
O objetivo é manter uma atualização constante com coisas que ando lendo. Na verdade, é também uma forma de manter meu compromisso com a leitura. Lendo e pensando.
Então vou tentar levar isso por algum tempo por aqui. Estou com duas monografias para escrever, mas preciso ainda pensar sobre muitas coisas.
Em Psicanálise, vou retomar Dostoievski, só que desta vez via Édipo em Freud e Lacan.
Talvez em literatura, continue com Dostoievski, o que seria bom para um amadurecimento do autor russo, com um viés em Bakhtin na questão da polifonia.
Porém, existe um tema interessante também que é a contracultura para trabalhar em literatura, cultural regional, etc. Vamos ver.
Downloads de filmes....
Duas notícias. A primeira é que, pelo que parece, e segundo consta na comunidade deles no orkut, o Cinecombo bateu as botas de vez. Uma puta perda!
A outra notícia é que achei outro site, do caralho, para download de filmes.
Arapa Rock Motor - Um blog Underground de filmes!
Tem tudo nele. Cheech and Chong já vi que tem vários. O problema é que tem filmes com pedaços no Easy Share, o que acho péssimo, além da dificuldade que e burocracia que é fazer o donwload no ES. Ah, os formatos também são em RMVB. Então, tenha o Real Player para poder assisti-los. E baixe enquanto é tempo!
A outra notícia é que achei outro site, do caralho, para download de filmes.
Arapa Rock Motor - Um blog Underground de filmes!
Tem tudo nele. Cheech and Chong já vi que tem vários. O problema é que tem filmes com pedaços no Easy Share, o que acho péssimo, além da dificuldade que e burocracia que é fazer o donwload no ES. Ah, os formatos também são em RMVB. Então, tenha o Real Player para poder assisti-los. E baixe enquanto é tempo!
Os Vagabundos Iluminados
Aí vai uma resenha do site das Americanas. A seguir seguem meus comentários:
Considerado por muitos especialistas e fãs da literatura beat como o melhor romance de Jack "On the road" Kerouac, Os vagabundos iluminados (The dharma bums) conta a história de uma busca pela verdade e pela iluminação. O protagonista, Ray Smith, é um aspirante a escritor de San Francisco que anseia por algo mais na vida. Esse algo mais será apresentado a ele por Japhy Rider - um jovem zen-budista adepto do montanhismo que vive com um mínimo de dinheiro, alheio à sociedade de consumo norte-americana. Em meio a festas, bebedeiras, garotas, jam sessions, saraus poéticos, orgias zen-budistas e viagens, Os vagabundos iluminados - lançado nos Estados Unidos em 1958, apenas um ano após o estouro de On the road, e somente agora publicado no Brasil é, sem dúvida alguma, uma obra à altura da sua irmã mais famosa.
Ainda não terminei de ler o livro, pois estou lendo mais uns três (eu acho). Mas esse livro é bem ao estilo do On The Road, o clássico de Kerouac e da literatura beat, como diz a resenha. Mas o que mais marca pra mim, é o que o livro pode me apresentar e dar alguns pontos nos "i"s de minha última experiência, que levei um certo tempo para entender.
Em Julho último, fiz uma escalada até o Pico da Bandeira - 3º maior pico do Brasil com 2.891 metros de altitude! Pois é, uma escalada foderosa. Achei que o coração iria parar, que ia morrer de frio, que não aguentaria subir nem mais um metro nos primeiros 50 m de subida. Realmente algo assustador, apavorante. E as figuras que nos guiaram estavam subindo aquilo pela 11º vez. Ninguém via sentido algum naquilo. Um esforço sobre-humano. O visual lá em cima e durante todo o caminho, óbvio, é super legal; Tem riachos e pequenas cachoeiras pelo caminho. Durante o dia faz muito calor e à noite muito frio. Pegamos umas sensação térmica no topo de 2 a 6 graus negativos.
A aventura em si daria para escrever um livro, assim como fez Jack Kerouac ao narrar sua subida ao Pico Matterhorn, na Califórnia. A subida dele levou dias, a nossa umas 16 horas... mas o tempo todo ele coloca o desafio da escalada como essa busca pela iluminação. Se refere às montanhas como Budas gigantes que estão sentados ali, meditando. Num lugar onde não tem ninguém, apenas o vento sopra e faz frio, muito frio. É exatamente o que se passa lá em cima do Pico da Bandeira, exceto pelo fato de uma legião de "malditos peregrinos" subindo junto com você. Mas o objetivo de chegar ao topo, vencer os desafios, olhar toda aquela paisagem em volta e ser um "conquistador de montanhas", assim como o personagem Ray, é o que talvez mova muita gente a repetir essa experiência.
Considerado por muitos especialistas e fãs da literatura beat como o melhor romance de Jack "On the road" Kerouac, Os vagabundos iluminados (The dharma bums) conta a história de uma busca pela verdade e pela iluminação. O protagonista, Ray Smith, é um aspirante a escritor de San Francisco que anseia por algo mais na vida. Esse algo mais será apresentado a ele por Japhy Rider - um jovem zen-budista adepto do montanhismo que vive com um mínimo de dinheiro, alheio à sociedade de consumo norte-americana. Em meio a festas, bebedeiras, garotas, jam sessions, saraus poéticos, orgias zen-budistas e viagens, Os vagabundos iluminados - lançado nos Estados Unidos em 1958, apenas um ano após o estouro de On the road, e somente agora publicado no Brasil é, sem dúvida alguma, uma obra à altura da sua irmã mais famosa.
Ainda não terminei de ler o livro, pois estou lendo mais uns três (eu acho). Mas esse livro é bem ao estilo do On The Road, o clássico de Kerouac e da literatura beat, como diz a resenha. Mas o que mais marca pra mim, é o que o livro pode me apresentar e dar alguns pontos nos "i"s de minha última experiência, que levei um certo tempo para entender.
Em Julho último, fiz uma escalada até o Pico da Bandeira - 3º maior pico do Brasil com 2.891 metros de altitude! Pois é, uma escalada foderosa. Achei que o coração iria parar, que ia morrer de frio, que não aguentaria subir nem mais um metro nos primeiros 50 m de subida. Realmente algo assustador, apavorante. E as figuras que nos guiaram estavam subindo aquilo pela 11º vez. Ninguém via sentido algum naquilo. Um esforço sobre-humano. O visual lá em cima e durante todo o caminho, óbvio, é super legal; Tem riachos e pequenas cachoeiras pelo caminho. Durante o dia faz muito calor e à noite muito frio. Pegamos umas sensação térmica no topo de 2 a 6 graus negativos.
A aventura em si daria para escrever um livro, assim como fez Jack Kerouac ao narrar sua subida ao Pico Matterhorn, na Califórnia. A subida dele levou dias, a nossa umas 16 horas... mas o tempo todo ele coloca o desafio da escalada como essa busca pela iluminação. Se refere às montanhas como Budas gigantes que estão sentados ali, meditando. Num lugar onde não tem ninguém, apenas o vento sopra e faz frio, muito frio. É exatamente o que se passa lá em cima do Pico da Bandeira, exceto pelo fato de uma legião de "malditos peregrinos" subindo junto com você. Mas o objetivo de chegar ao topo, vencer os desafios, olhar toda aquela paisagem em volta e ser um "conquistador de montanhas", assim como o personagem Ray, é o que talvez mova muita gente a repetir essa experiência.
Atualizações diárias... pt1
A partir de hoje sigo com atualizações diárias, principalmente de leituras feitas por mim durante o dia... explico depois, pois estou atrasado pro trabalho!!!
UJS....
Recentemente tenho visto notícias na mídia campista impressa e virtual sobre o posicionamento da UJS quanto ao apoio à candidata Rosinha. E me pergunto: Por que o posicionamento da UJS vira notícia?????
O que a UJS representa em Campos???
Fiz parte do movimento estudantil na época da faculdade e aprendi que não existe no Brasil nada pior que a UJS. Um bando de estudantes despolitizados que "seguem" cegamente o que manda a direção do PC do B.
Quando estive a frente da direção do Diretório de minha faculdade, vi por inúmeras vezes, em época de congresso da UNE, a UJS chegar na faculdade, pedir apoio do Diretório e o apoio ser negado e eles mesmo começarem a tirar delegados na universidade, passando por cima da decisão do Diretório Acadêmico. Chegavam e conversavam com alguns estudantes no pátio, dizendo que ia ter um congresso em Brasília, com ônibus de graça, alojamento e que teria muita festa, etc, etc.
E aí facilmente cooptavam um grande número de estudantes totalmente despolitizados para servirem de massa de manobra deles no congresso para levantar o crachá e conseguirem passar o rodo nas outras chapas que disputavam a direção da UNE. Simplesmente deprimente.
Diante disso tudo, como assim, a opinião da UJS serve para alguma coisa???? O pior de tudo é ver a direção dos Diretórios em Campos caírem no papo da Rosinha, que ela vai ajudá-los, etc e tal. Essa é a cara do Movimento Estudantil em Campos! Palhaçada!
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
Rock Humanitário - Cabo Frio
Fui pela primeira vez ao festival Rock Humanitário em Cabo Frio. Fazia tempo que não ia a shows assim, com bandas locais. Também não fui pelas bandas locais, mas por causa do Ratos de Porão e Krisiun. O evento foi bem grande, parecia bem organizado para algo underground com bandas de heavy-metal, trash, punk, etc.
O ingresso foi vendido a R$10,00 antecipadamente com mais 2 kg de alimentos não perecíveis. Além de bandas locais, tiveram bandas de outros estados e do Rio de Janeiro. Sinceramente, não me agradaram. Algumas bandas com certo tempo de estrada, cds gravados, mas nada de novo ao meu ver. Pareciam iguais a qualquer outra banda.
O que me faz escrever aqui sobre o Rock Humanitário, não é pelo Krisiun ou o Ratos, mas a organização do evento. Olhando no orkut vi que existe uma Associação de Rock da Região dos Lagos, que foi quem organizou o evento. É o tipo de coisa que eu sempre achei que deveria existir aqui em Campos. Algo como foco de resistência a toda indústria cultural que existe por aqui. Campos Magia, Festas da Medicina, Festa São Salvador, Parque de Exposições, etc. E acho que seria uma iniciativa principamente dos músicos e artistas da cidade, já que são os que mais se sentem prejudicados com a falta de espaço para tocar, divulgar seus trabalhos.
O ingresso foi vendido a R$10,00 antecipadamente com mais 2 kg de alimentos não perecíveis. Além de bandas locais, tiveram bandas de outros estados e do Rio de Janeiro. Sinceramente, não me agradaram. Algumas bandas com certo tempo de estrada, cds gravados, mas nada de novo ao meu ver. Pareciam iguais a qualquer outra banda.
O que me faz escrever aqui sobre o Rock Humanitário, não é pelo Krisiun ou o Ratos, mas a organização do evento. Olhando no orkut vi que existe uma Associação de Rock da Região dos Lagos, que foi quem organizou o evento. É o tipo de coisa que eu sempre achei que deveria existir aqui em Campos. Algo como foco de resistência a toda indústria cultural que existe por aqui. Campos Magia, Festas da Medicina, Festa São Salvador, Parque de Exposições, etc. E acho que seria uma iniciativa principamente dos músicos e artistas da cidade, já que são os que mais se sentem prejudicados com a falta de espaço para tocar, divulgar seus trabalhos.
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