sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Raoul Duke


Há alguns anos atrás, quase uma década, eu acompanhava a publicação semanal de um zine chamado COL, o Cardoso Online, ou Cardosão para os mais chegados. Não existia blog naquela época. E tudo chegava duas vezes na semana, na caixa de e-mail, uma penca de textos em formato Bloco de Notas por alguns estudantes de jornalismo do sul. Dentre eles o Daniel Galera, Clarah Averbuck e Daniel Pellizzari, hoje bem conhecidos no universo da literatura contemporânea. Depois de extinto o COL, eles zarparam para um site ou portal chamado Irmandade Raoul Duke, onde cada um tinha um blog e atualizavam aquilo loucamente. Era difícil imaginar como faziam. Postavam de manhã, de tarde, de noite e de madrugada. Dizíamos que eles escreviam mais rápido do que podíamos ler. A questão é que nunca tinha me atentado para o tal nome "Raoul Duke". Semana passada, assistindo a série Californication, que conta a história de um escritor (David Duchovny, o Agent Mulder de The X-Files) em crise, tentando retomar seu relacionamento com sua ex-esposa em meio a bebedeiras, festas, mulheres e drogas, num dos episódios ele faz uma "piada" comentando algo (não lembro mais exatamente) e menciona "Raoul Duke" e "Dr. Gonzo" e na hora tive o estalo com o site do Cardosão de anos atrás. A expressão Gonzo jornalismo já me era familiar, mas a ligação com o jornalista e escritor Hunter S. Thompson não. Inclusive tem um filme em que Johnny Depp interpreta o personagem Raoul Duke em Medo e Delírio em Las Vegas, o mesmo título de seu livro mais conhecido. Nunca li Hunter Thompson, mas é uma das leituras que está anotada na minha lista de livros.


Infelizmente o site cardosonline parece estar fora do ar. Encontrei este link que conta melhor um pouco da história contada acima: aqui.

Sobre a IRD (Irmandade Raoul Duke): aqui.

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