terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Tributo a Ozzy

Dando continuidade a onda de tributos que tem acontecido na cidade, aconteceu no sábado retrasado (26/11/11), o Tributo a Ozzy Osbourne com a banda Dr. Jekyll and Mr. Hyde. A banda é formada por Flávio Reis (Vocal), Bruno Sanguedo (Guitarra), Gerlan (Baixo), Mateus Rocha (Teclados) e mais o baterista (que não sei o nome).

"I Don't Know" foi o carro chefe da noite, do primeiro disco da carreira solo de Ozzy, Blizzard of Ozz, dando início ao mais que esperado tributo ao primeiro vocalista do Black Sabbath. Excelente música para começar o show com os riffs de Randy Rhoads.

A banda selecionou grandes clássicos para a apresentação como "Suicide Solution", "Mr. Crowley", "No More Tears", "Bark At the Moon", dentre outros. O guitarrista e o baixista pareciam estar bem a vontade durante todo o show, assim como o vocalista, que entre um "Vamo que vamo" e "Simbora meu povo" chamava o público a agitar cada vez mais entre uma música e outra. Os músicos que formam a banda tocam em diferentes outras bandas na cidade, como foi divulgado no início da apresentação pelo vocalista.

O show começou tarde, provavelmente depois de 1h da manhã. Não sei se por conta da banda ou por causa do Lord. Sinceramente não consigo entender porque os shows no Lord tem que começar a esta hora. Mesmo assim, a banda parecia não ter ensaiado muito. Logo na segunda música tiveram que começar de novo e a justificativa veio logo em seguida pelo vocalista afirmando que a banda não havia tido tempo suficiente para ensaiar - apenas 4 ensaios.

A banda segurou legal o som, mas o vocalista deixou a desejar no inglês. Infelizmente isso é um problema ainda grave para a maioria das bandas em nossa cidade, em que os vocalistas se negam a cantar no idioma da banda homenageada. Mesmo com uma pastinha de letras em frente ao microfone, o vocalista demonstrou que não sabia nada de inglês.

Não tem nada pior para um fã que quer ouvir os clássicos de sua banda ser presenteado por palavras sem sentido. A maioria das músicas foi difícil de discernir o que estava sendo cantado. A única música que foi cantada com 95% da letra em inglês foi "Get Me Through" do disco "Down to Earth".

A banda poderia também ter utilizado de backing vocals em algumas das músicas, melhorando a performance. O teclado também ajudou em vários momentos dando maior credibilidade ao tributo.

Infelizmente o que tenho visto nos últimos shows/tributos em Campos é um grande amadorismo. Faz-se tributos à qualquer preço: sem ensaios, sem saber inglês ou sem saber cantar. No final é tudo Rock 'n Roll. Muitas pessoas acham que não se deve criticar, pois não temos espaços em Campos para o estilo. Será que deve-se nivelar por baixo o que é feito em Campos? Um show ou um Tributo é o mesmo que uma festa na casa dos amigos em que rolam as jam sessions e não se tem o compromisso em acertar, mas apenas levar um som e se divertir?

Não sei se o público ou as bandas de Campos esperam algo melhor na cena campista como shows que acontecem nas capitais ou se estão satisfeitos com qualquer coisa. É um incógnita. Não julgo todas as bandas que vejo tocando em Campos com tanto rigor quanto julgo um tributo. O tributo você faz quando quer homenagear uma banda que provavelmente significa algo para você e para os fãs. E quando se vai a um tributo de uma banda de peso como Ozzy Osbourne, espera-se algo à altura.

O show também contou com a participação especial de Reubes Pess com três músicas do Black Sabbath e no final do show com o baterista João Felipe da banda Astigmatismo/Poeira D'água fechando a noite.

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