Fiquei sabendo somente na sexta-feira passada, dia 03 de dezembro de 2010, que teria um suposto encontro de motociclistas no Posto e Hotel Interlagos no Jockey. Nunca havia reparado naquele espaço ali e fui conferir. As iniciativas do MotoClube são sempre louváveis, abrindo espaço para as bandas de Campos se apresentarem, mesmo eu achando que nem todo motociclista realmente curte um rock 'n roll.
Chegando lá a banda de Reubes se preparava para tocar e estavam fazendo os últimos acertos para começar o show. Surrealmente uma banda de pagode tocava à todo volume numa tenda atrás do palco. Um barulho infernal, verdadeira poluição sonora. Inacreditável como dois eventos totalmente distintos aconteciam no mesmo local e ao mesmo tempo com uma distância mínima de uns 10 metros um do outro. É como se aquelas tendas e palcos alternativos do Rock in Rio ficassem uma do lado da outra, tocando ao mesmo tempo, só que pagode e heavy-metal.
A Reubes Pess Band se não me engano, apresentou um repertório parecido com o show no Palácio da Cultura, cantando a história do rock, do blues ao heavy-metal. Show este que merecia uma resenha na época, mas por falta de tempo, não foi possível de ser feito. Fica o registro de um show antológico em plena Pelinca com a banda tocando heavy-metal de verdade em alto e bom som com clássicos do Black Sabbath da época de Dio e finalizando com a clássica Halloween da banda já extinta Kalevala.
Do show de sexta, de fato não me agrada a primeira parte do show, com aquele hard-rock dos anos 80. Soa muito comercial e não sei até que ponto uma banda que se propõe a tocar heavy-metal precisa de algo comercial. Mas gosto, é gosto.
Reubes é um músico eclético. Talvez um dos únicos na cidade que se proponha a tocar diversos estilos sem se prender a um só. Do Blues ao Rock Nacional, do Rock ao Heavy-Metal. De Tributos à apresentações com músicas próprias.
Tocar For Whom the Bell Tolls do Metallica e Bark at the Moon e Crazytrain do Ozzy não é pra qualquer um. Raras são as bandas que se atrevem a isso numa apresentação em cima de um palco. Quanto mais se ousa, mais críticos são os ouvidos.
O ponto alto do show sem dúvida são as músicas do Dio. A entonação é muito boa e a banda não deixa em nada a desejar. Shows com covers de heavy-metal são sempre bons. Poderia, porém ter fechado igualmente com a música Halloween, divulgando assim para os mais novos um pouco da história do underground campista.
Reubes deveria ressucitar a Kalevala ou fazer shows com as músicas do álbum As Cores em Preto e Branco. Tanto material e pouco aproveitamento, guardado num CD ou numa fita K7 e vinil. Acredito sim que os shows de heavy-metal devem continuar, mas o carro chefe deveria ser sempre os projetos de música própria tanto da Kalevala quanto da época da gravação do CD em que o estilo é mais voltado para o Blues.
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