quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Drogas
Essa semana assisti a uma palestra de uma enfermeira no Senac sobre drogas. Falar sobre drogas sempre foi um tema complicado e exige um certo bom senso e criticidade para a coisa. Na verdade, sou da opinião que se você tem algo interessante a falar fale, se não, cale a boca. Não tolero falas, perguntas ou palestras que não me acrescentem nada. Detesto repetição ou embromação. Na verdade, no caso dela, não foi embromação, mas falta de criticidade mesmo. Falar sobre drogas como forma de "endemonizar" a coisa é a maior besteira. Querer "conscientizar" também é outra coisa furada que professores e pedagogos adoram. Dizer que elas causam isso e aquilo e que você com certeza vai morrer usando-as é outra falcatrua. Sem contar aquele papo de que o álcool leva a todas as outras drogas mais pesadas. Só faltou dizer do tráfico que é sustentado pelos usuários de drogas (típico argumento de quem assiste religiosamente o Jornal Nacional) ou como no filme Tropa de Elite Capitão Nascimento vomita suas verdades.
Não seria mais interessante falar do uso das drogas com uma visão antropológica e política da coisa? Ou poética? Como as drogas influenciaram determinados artistas, músicos, escritores, poetas, etc? Como a mídia se esforça para passar uma visão demoníaca dos usuários de drogas? Ou poderíam abordar as smart drugs... Os rituais xamãnicos dos índios, a literatura de Carlos Castañeda e daí sim, talvez, trazer estudos novos sobre os efeitos adversos delas no organismo. Mas palestrinha com tudo catado de internet sobre como elas fazem mal é uma puta baboseira! Ao invés de encheção de linguiça, deixa a galera fumar o cigarrinho de artista na paz!
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