O desfecho do livro, traz vigor à leitura, onde detalhes interessantes são revelados, mesmo não surpreendendo de todo o leitor atento. Os pontos de vista, a leitura do texto, os clichês, os detalhes demasiadamente exagerados não contribuem com a fluidez do texto.
Adriana Lisboa parece tentar aplicar uma fórmula perfeita ao texto, mas se afoga nos detalhes e soa artificial, misturando um quê de literatura (talvez bem visto pela crítica) e poesia, com rock progressivo, sexo, boemia e lugares comuns do Rio de Janeiro. Como no próprio trecho do livro citando Manuel Bandeira: “Nas ondas da praia, nas ondas do mar, quero ser feliz, quero me afogar”.
A inversão de personagem/escritor/personagem não é também nenhuma novidade. Mesmo assim contribui com uma melhor dinâmica do texto, fluidez e encerramento, mas não passando de um texto morno, quase frio.